Diplomata sueco é detido sob suspeita de espionagem em operação sigilosa em Estocolmo

Um diplomata sueco foi detido nos últimos dias em Estocolmo sob suspeita de espionagem, segundo relato da emissora pública SVT reproduzido pela agência Reuters. A prisão foi confirmada pelo Serviço de Segurança da Suécia (Sapo), que, no entanto, não divulgou a identidade do suspeito nem detalhes sobre o suposto crime.

“É correto que temos um caso em que a suspeita é espionagem”, disse a porta-voz do Sapo, Karin Lutz. “Uma pessoa foi detida.”

A emissora SVT, citando fontes não identificadas, afirmou que o suspeito já havia atuado em várias embaixadas suecas pelo mundo e que os investigadores apuram uma possível relação entre o caso e a renúncia do conselheiro nacional de segurança Tobias Thyberg, ocorrida na semana passada.

A bandeira da Suécia (Foto: Tarjei Mo/WikiCommons)

Thyberg havia sido nomeado para o cargo um dia antes de pedir demissão. Ele já serviu como embaixador na Ucrânia e no Afeganistão. A SVT informou que o ex-conselheiro não é suspeito de nenhum crime. Seu antecessor, porém, deixou o cargo em janeiro e posteriormente foi acusado de manuseio negligente de informações sigilosas.

O advogado Anton Strand, responsável pela defesa do suspeito preso, afirmou ao jornal Aftonbladet que seu cliente nega qualquer irregularidade e já apresentou uma queixa-crime contra a polícia em razão da detenção. Strand não respondeu aos contatos feitos pela Reuters por telefone e e-mail.

O Ministério da Justiça sueco confirmou que o governo foi informado sobre a operação do Sapo. “A pessoa está sob suspeita razoável de espionagem”, declarou o ministro Gunnar Strommer à SVT. Na legislação sueca, esse é o menor dos dois níveis legais de suspeição criminal. “A investigação precisa ser conduzida e não quero me antecipar aos seus resultados”, completou Strommer.

Nos últimos anos, autoridades suecas têm demonstrado preocupação crescente com ameaças externas. Em março, o Sapo alertou para o aumento das chamadas atividades híbridas promovidas por potências estrangeiras como Rússia, China e Irã. Essas ações incluem desde espionagem empresarial até tentativas de desestabilizar a Suécia e seus aliados europeus.

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