Autoridades britânicas prenderam oito pessoas durante o fim de semana por suspeita de envolvimento em dois complôs distintos que, segundo um alto funcionário com acesso à investigação, têm indícios de ligação com o governo iraniano. Sete dos detidos são cidadãos iranianos, conforme relato da rede NBC News.
Três homens foram detidos com base na Seção 27 da Lei de Segurança Nacional de 2023 do Reino Unido, que permite a prisão de indivíduos suspeitos de atuarem em associação com um poder estrangeiro. A polícia trabalha agora para descobrir se ambos os complôs foram coordenados por uma mesma entidade, embora os casos sejam formalmente considerados separados.
O primeiro caso veio à tona no início da manhã de domingo (4). A Scotland Yard informou ter prendido cinco homens, quatro deles de origem iraniana, sob suspeita de preparar um atentado terrorista. As detenções ocorreram em diferentes localidades do país, incluindo Londres, Swindon, Stockport, Rochdale e Manchester. Os suspeitos têm entre 29 e 46 anos. A identidade do quinto detido ainda está sendo apurada.
De acordo com a polícia, os homens planejavam atacar um local específico no Reino Unido, mas o endereço não foi divulgado. A operação foi classificada como uma investigação “em ritmo acelerado” e todos os suspeitos seguem sob custódia. As motivações por trás do plano ainda não foram esclarecidas, e os detalhes referentes ao segundo caso também fora omitidos.
A secretária do Interior, Yvette Cooper, declarou que as ações fazem parte de “algumas das maiores operações contra ameaças estatais e contra o terrorismo que vimos nos últimos anos”. Em vídeo divulgado pela rede Sky News, ela acrescentou que a investigação em curso é “imensamente importante”.
Desde o início de 2022, o governo britânico respondeu a 20 complôs atribuídos ao Irã, que, segundo o ministro da Segurança Dan Jarvis, representam “ameaças potencialmente letais a cidadãos britânicos e residentes do Reino Unido”. O Irã, segundo ele, vem mirando dissidentes, jornalistas e organizações da mídia, além de possíveis alvos judaicos e israelenses.
“É claro que esses complôs fazem parte de uma estratégia consciente do regime iraniano para sufocar críticas por meio da intimidação e do medo”, afirmou Jarvis.
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