Águas de São Pedro, Santa Bárbara e Elias Fausto: confira ranking de cidades mais arborizadas da região segundo IBGE


Pesquisa do Censo 2022 considera como ambiente arborizado a residência que conta com uma ou mais árvores com mais de 1,70 m no entorno. Águas de São Pedro é a 2ª cidade do Brasil com maior expectativa de vida
Reprodução/EPTV
Águas de São Pedro (SP), cidade com 2.700 habitantes, é o município com mais ruas arborizadas na região de cobertura do g1 Piracicaba, segundo dados do Censo de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A cidade tem índice de arborização de 95,14%. Atrás dela está Santa Bárbara d’Oeste (SP) com 94,86%. Já os piores índices ficam com Rafard (SP) com 63,49% e Ipeúna (SP) com 75,64% de áreas com árvores no entorno de residências. Confira lista completa abaixo.
Índice de arborização na região de Piracicaba
Como o IBGE analisou
A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios do IBGE considera como ambiente arborizado a residência que conta com uma ou mais árvores no entorno, ou seja, se há árvore no trecho (quadra) da residência.
O que é considerado árvore
A pesquisa considerou como árvores aquelas que têm, no mínimo, 1,70 metro, informou Girlei Cunha, engenheiro florestal e consultor do projeto Corredor Caipira.
“Por exemplo, digamos que Águas de São Pedro tem 100 quarteirões. Cada quadra tem quatro faces, deu 400 faces. Em 95% dessas faces havia o que foi classificado como árvore, que é uma planta que tem mais de 1,70 metro de altura”, explica Girlei Cunha, engenheiro florestal.
“Então, esse número de 95,14% pode ser formado por quadras com espaços adequados com várias árvores ou áreas com apenas um indivíduo que está lá”, complementa.
Bairro Jardim Amélia em Santa Bárbara d’Oeste (SP)
Divulgação/Comunicação Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste
Serviços ambientais
Para além de fazer sombra, as árvores nas zonas residenciais contribuem para a melhora da qualidade do ar, diminuição da temperatura local, redução do ruído, diminuição dos impactos das chuvas, como enchentes. Elas também trazem ganhos à biodiversidade local. Todos esses fatores fazem parte do conceito de serviço ambiental.
Esses serviços ambientais são menores no caso de árvores com 1,70 metro, informa o engenheiro florestal, e maiores em casos de regiões bem arborizadas.
“Uma planta de 1,70 metro vai produzir pouca sombra. Eu preciso de plantas que produzam sombra, que produzam conforto térmico dentro da cidade. O serviço ambiental que ela [árvore pequena] vai fazer dentro de um quadro inteiro é praticamente zero”, afirma.
Importância da pesquisa
Apesar dos serviços ambientais não serem o foco da pesquisa, Cunha informa que os dados do IBGE são importantes para que os municípios repensem questões de infraestrutura para além da arborização.
“Mesmo que essa informação não seja uma informação adequada quando a gente pensa para os serviços ambientais, ela é um princípio. É um princípio que ajuda muitos municípios a olharem para os seus territórios e se preocuparem com essa infraestrutura que não é só em relação à casa dos indivíduos, mas onde eles vivem, acessibilidade, qualidade das vias, qualidade das calçadas, se tem pavimentação, se não tem. Tudo isso aí tem a ver com a qualidade de vida das pessoas no meio urbano”, informa Cunha.
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