Aluno é agredido durante aula de educação física e sofre inflamação no olho em escola do litoral de SP


Agressão ocorreu durante desentendimento em partida de futebol na quadra de uma escola municipal em Santos (SP). Em nota, a prefeitura disse que os encaminhamentos necessários foram tomados. Aluno de 13 anos foi agredido com soco no olho durante aula de educação física em escola municipal de Santos, SP
Arquivo Pessoal e Arquivo/Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal
Um aluno de 13 anos foi agredido com um soco no olho por um colega da mesma idade durante uma aula de educação física na UME Professor Avelino da Paz Vieira, em Santos, no litoral de São Paulo. Em nota, a Prefeitura de Santos afirmou que os encaminhamentos necessários foram tomados. (veja o posicionamento completo abaixo)
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O caso aconteceu na tarde de 27 de março e foi registrado na Delegacia da Infância e Juventude. Segundo o boletim de ocorrência, os dois estudantes se desentenderam após uma jogada de futebol na quadra da escola, localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Vila Nova.
A vítima contou à polícia que foi empurrada, caiu no chão e, ao se levantar para tirar satisfação, recebeu um soco no olho esquerdo. Com o golpe, caiu novamente.
O professor de educação física levou o menino até a diretoria para relatar o ocorrido, mas o adolescente responsável pela agressão fugiu da escola logo em seguida.
A mãe do aluno foi buscá-lo na unidade e solicitou um documento sobre o ocorrido e recebeu um relatório resumido. A mulher, no entanto, informou que a diretora não quis informar a identidade do aluno que deu o soco.
Com o rosto inchado, o aluno agredido foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, onde recebeu atendimento e foi orientado a consultar um oftalmologista. O exame confirmou inflamação na visão esquerda.
Negligência
Ao g1, a mãe do menor agredido – que preferiu não ser identificada – disse que houve negligência por parte da diretora e, principalmente, do professor da unidade de ensino que estava com os alunos e não viu a agressão. “Ele só viu quando meu filho já estava no chão”.
A mulher disse, ainda, que ninguém prestou socorro ao filho, que aguardou pela chegada dela. “Ninguém pegou meu filho para levar para o hospital, ficaram me esperando eu chegar. Se eu me atraso ou se eu não vou, se acontece alguma coisa comigo, o meu filho não ia ter socorro?”.
A mãe contou que não teve auxílio em relação ao atendimento médico, valores pagos pela consulta e está tentando juntar dinheiro para um exame que o filho terá que fazer por causa da agressão no olho.
Depois do ocorrido, no entanto, informou que a diretora ajudou com a compra de dois remédios.
“Não vejo a mãe [do aluno agressor], não vejo o professor, não vejo mais ninguém me ajudando, vindo perguntar, vindo me auxiliar com alguma coisa. […] Acho que merecia uma justiça, uma punição”, disse ela.
O aluno agredido voltou à escola 15 dias após o ocorrido, mas ainda tem medo. “Não tenho como ficar com ele em casa, deixar ele perder o resto do ano por causa do menino (que o agrediu), até porque o menino continua dentro da escola. O errado está dentro da escola, meu filho que foi a vítima tem que estar preso dentro de casa?”.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), informou que, segundo a equipe gestora da unidade, os encaminhamentos necessários foram tomados após o ocorrido com os alunos, incluindo o direcionamento ao equipamento municipal de saúde.
As famílias foram atendidas e foi realizada reunião com membros da equipe gestora e estudantes de psicologia da Unifesp, que atuam na unidade. Além disso, houve atuação do Programa Municipal de Justiça Restaurativa, que reuniu os alunos para a resolução do conflito, com a autorização das famílias.
De acordo com a administração municipal, será realizado um círculo restaurativo com as famílias dos dois jovens envolvidos, e disse que a escola realizou intervenção nos dias após o ocorrido com todos os alunos, promovendo discussões sobre bullying, violência e empatia.
Relembre outro caso
Um menino de 13 anos morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre as costas dele dentro de uma escola estadual em Praia Grande. O pai de Carlos Teixeira afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. O caso foi registrado na Polícia Civil e a causa da morte ainda está sendo investigada.
Vídeo mostra adolescente sendo agredido em escola no litoral de SP
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