Com impulso do milho, Centro-Sul encerra safra com novo recorde histórico na produção de etanol


Usinas produziram 34,96 bilhões de litros, 4,06% a mais na comparação com o ciclo 2023/2024, quando o setor já havia batido recorde. Mesmo com incêndios do ano passado, safra terminou com segunda maior moagem da história. Indústria de etanol de milho cresce em MT
TV Centro América
Com uma menor moagem de cana-de-açúcar, mas um impulso da crescente produção a partir do milho, o Centro-Sul do país fechou a safra 2024/2025 com o maior volume de etanol da história, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Ao todo, as usinas que representam cerca de 90% do setor em território nacional encerraram o período entre abril do ano passado e março deste ano com 34,96 bilhões de litros, o que representa 4,06% a mais com relação ao ciclo 2023/2024, até então o maior já registrado.
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Deste total, 26,8 bilhões de litros foram obtidos a partir da cana-de-açúcar, com uma baixa de 1,8% em relação à safra anterior, enquanto 8,1 bilhões foram a partir do milho, o maior volume nos últimos dez anos e 30% maior do que o do ano passado fornecido principalmente pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
De tudo o que foi produzido, 64% foi levado ao mercado na forma hidratada, ou seja, no combustível concorrente da gasolina, com 22,5 bilhões de litros. Os demais 36% ficaram com o etanol anidro, em um volume total de 12,3 bilhões de litros misturados à gasolina.
O mercado interno segue como o principal destino do etanol brasileiro, respondendo por 95% das vendas, impulsionadas principalmente pela elevação de 22% no consumo do etanol hidratado nos últimos 12 meses, de acordo com a Unica.

2ª maior moagem da história
A retração no volume de etanol a partir da cana teve como um dos fatores a menor moagem de matéria-prima, diante de problemas climáticos e, sobretudo, por incêndios que devastaram ao menos 450 mil hectares no segundo semestre do ano passado.
Ainda que com uma baixa de 5% na moagem, o volume processado, de 621,8 milhões de toneladas, é o segundo maior da história do setor sucroenergético, perdendo apenas para o ciclo anterior, quando as usinas processaram 654,4 milhões de toneladas.
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Para a nova safra, que começou este mês, a previsão é de uma nova baixa, com uma projeção total de 612 milhões de toneladas, apesar do bom índice de chuvas nos últimos meses.
Caminhão chega carregado de cana-de-açúcar em usina em Pitangueiras, SP
Jefferson Severiano Neves/EPTV
Açúcar: menor rendimento
Por outro lado, a produção de açúcar, para a qual 48% da cana foi destinada, terminou a safra com uma baixa de 5%, com 40,17 milhões de toneladas, cerca de 2 milhões a menos do que na safra 2023/2024.
Segundo a Unica, isso aconteceu por conta de fatores como a falta de chuvas que levou ao estresse hídrico nos meses de desenvolvimento da planta, levando a uma queda na produtividade e também a um menor rendimento, que foi de 64,59 quilos de açúcar por tonelada de matéria-prima.
Diferente do etanol, destinado predominantemente para o Brasil, 87% do açúcar foi exportado, tendo como principais países:
China
Indonésia
Índia
Argélia
Arábia Saudita
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