Em sete cidades da região, mortes por dengue em 2025 igualam ou superam todo o ano passado


Predomínio dos sorotipos 3 e 4 pode explicar avanço da doença, segundo médica. Dengue: em 9 cidades da região, nº de mortes é maior ou igual ao registrado em 2024
O número de mortes por dengue em 2025 já iguala ou supera todo o registrado em 2024 em sete cidades da região de Campinas (SP), de acordo com levantamento feito pela EPTV, afiliada da TV Globo, com dados do Estado e das prefeituras.
📍 Entre os municípios na área de cobertura do g1 Campinas:
Estiva Gerbi (SP) registrou uma morte em 2025, após não contabilizar óbitos no ano passado.
Artur Nogueira (SP) manteve o mesmo índice: duas mortes em 2024 e duas em 2025.
Mogi Mirim (SP) e Indaiatuba (SP) também repetem os números, com quatro e seis mortes, respectivamente.
📍 Já nas cidades em que os óbitos superaram todo o ano passado:
Amparo (SP) passou de três mortes em 2024 para 11 em 2025.
Mogi Guaçu (SP) viu o número de óbitos saltar de 10 para 19.
Americana (SP) registrou 18 mortes em três meses de 2025, superando as 17 contabilizadas durante todo o ano anterior.

Avanço da doença
Algumas teorias podem explicar esse avanço da doença, dentre elas o predomínio dos sorotipos 3 e 4, conforme explica a coordenadora do pronto-socorro do Hospital Vera Cruz, Carla Roballo Bertelli.
“Outras vezes que houve essa circulação, outras vezes que a gente teve uma epidemia atrelada a subtipos, a gente também teve um aumento da mortalidade relacionado ao número de casos”, detalha.
A médica destaca que, em muitos casos, a doença evolui de forma rápida e silenciosa. “O paciente vai negligenciando um pouco dos sintomas, mas tem mortalidade, principalmente nessa época que a gente tem um aumento expressivo nos casos”, diz.
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue
Pixabay/Reprodução
Riscos e prevenção
A dor ainda é recente. Eliane, mãe da professora Camila Souza, foi vítima das complicações da dengue. Ela foi diagnosticada com dengue em março e, apesar de apresentar sinais de melhora, teve uma piora súbita e morreu no hospital poucas horas depois da internação.
“E aí eu chamei o médico, o médico foi, ele mediu a pressão dela, ela não tinha pressão, mediu a saturação, não tinha saturação, levou para a emergência, entubaram ela, fez tudo o que foi necessário, os médicos foram maravilhosos e não teve o que fazer”, conta a filha.
Situação semelhante viveu a comerciante Adriana, que ficou semanas debilitada após contrair dengue no início de março. “Porque você não tem força, você só tem dor. Por exemplo, eu tinha dor de cabeça e, no meu caso, muita dor de estômago”, relata.
Depois do susto, a Adriana faz a parte dela, mas reforça que cada um também tem que fazer o mesmo. “Faça uma boa limpeza nas suas casas, veja todos os focos que podem ter de água parada, porque realmente é uma doença que não é legal, não é bacana”, orienta.
VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas

Adicionar aos favoritos o Link permanente.