Parque de inovação inaugurado em Campinas receberá startups que desafiam problemas complexos; foco será na saúde

CTI-Tec também espera concentrar projetos em áreas da bioengenharia à Inteligência Artificial. Para ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, local é estratégico para fortalecimento da inovação no país. Com presença da ministra Luciana Santos, Parque Tecnológico foi inaugurado no CTI Renato Archer nesta sexta (4), em Campinas.
Fernando Evans
Com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, foi inaugurado nesta sexta-feira (4), em Campinas (SP), o primeiro Parque Tecnológico do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer.
O CTI-Tec irá incubar deeptechs, ou seja, startups de base científica que desenvolvem soluções para problemas complexos, que possam contar com a estrutura do CTI Renato Archer. A expectativa é concentrar desenvolvimentos na indústria 4.0 e, principalmente, na saúde avançada, além de projetos nas áreas de bioengenharia, Inteligência Artificial, robótica e Internet das coisas.
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Para a ministra Luciana Santos, o CTI-Tec é estratégico para a ciência e fortalecimento da inovação no país, criando uma conexão mais forte entre pesquisa e setor produtivo “para que a produção científica brasileira se realize e sirva a população brasileira”.
O prefeito Dario Saadi, que também esteve na inauguração, destacou que a estrutura faz com que “Campinas se consolide como um dos principais ecossistemas tecnológicos do Brasil.”
Estrutura
O Parque possui 2,5 mil m² distribuídos em dois pavimentos, e pode receber até 35 empresas. O primeiro edital de seleção de empresas interessadas deve ser divulgado em até 60 dias.
As startups incubadas terão acesso ao espaço físico do CTI, aos laboratórios abertos e ao corpo técnico, compartilhando conhecimento e serviços na área de Tecnologia da Informação e Comunicação para o desenvolvimento e aceleração de novos bens e serviços.
Para a ministra, a inovação ligada à pesquisa é um marco. “Isso abre um caminho para que outras unidades de pesquisa do nosso Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, que é ligado diretamente ao nosso Ministério, possam abrir uma temporada em que isso seja uma prática, até porque é ela que possibilita essa interseção com o setor da iniciativa privada e com o setor produtivo”, afirmou Santos.
“[Os investimentos em ciência e tecnologia e inovação] são investimentos de médio e longo prazo, mas que nós estamos na direção certa, numa perspectiva de melhorar a nossa autonomia e a nossa soberania, e a soberania do país em relação a questões muito vitais para a vida do povo brasileiro”, disse a ministra.
Planos para expansão
Há planos para expansão já previstos com a construção de novos módulos tecnológicos, criação de um centro de eventos e implantação de uma usina solar fotovoltaica, para gerar 100% de energia renovável para o Parque. Para essa expansão, ainda será necessária a captação de verba de R$ 47 milhões.
Segundo a diretora do CTI Renato Archer, Juliana Daguano, a partir da expansão do CTI-Tec serão buscadas parcerias com empresas como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dentro do foco em inovações na saúde avançada.
“A gente tem que ser colaborativo. Então, eu preciso trazer um diferencial e a vocação do nosso parque em saúde avançada é fundamental para isso. Então, a Fiocruz, essa parceria, ela justamente sela essa possibilidade, essa atuação em saúde avançada”, avalia a diretora.
A parceria com a Fiocruz já está sendo discutida, segundo a diretora. “Mas a ideia é que a gente não fique só entre Fiocruz e CTI, ao contrário, a ideia é que a gente amplie, chamando empresas de biotechs e inclusive startups que a gente vai colocar no desenvolvimento desses produtos para a sociedade”, afirma.
A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) será responsável pela gestão administrativa, financeira e patrimonial do parque, em conjunto com o CTI Renato Archer.
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