Associação de motoristas registra BO e cobra diálogo da Prefeitura de Piracicaba sobre critérios para fiscalização no trânsito

Entidade que representa motoristas por aplicativo critica a definição de locais para instalação de radares, relata falta de sinalização e retirada de temporizadores. Reunião foi agendada. ARQUIVO: Novo radar de Piracicaba durante período de instalação
Prefeitura de Piracicaba
A Associação dos Motoristas de Aplicativos de Piracicaba (Amap) cobra abertura de diálogo com a prefeitura para fazer questionamentos e dar sugestões sobre o sistema de fiscalização eletrônica de trânsito da cidade.
A entidade diz que espera há um mês aguarda uma reunião, agendada para esta sexta-feira (14). Além disso, chegou a registrar um boletim de ocorrência, na última segunda-feira (10), apontando supostas irregularidades em semáforos, e critica os locais definidos para implantação de radares na cidade.
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No registro feito na Polícia Civil, o presidente entidade, Robson Gomes da Silva, relatou que a luz amarela de semáforos da cidade vinha durando dois segundos e que esse tempo é insuficiente para que o motorista consiga desacelerar de forma segura antes que o sinal fique vermelho.
Também argumenta que isso resulta em multas injustas e coloca em risco motoristas e pedestres. Após o registro, a prefeitura divulgou que havia casos pontuais e que realizou ajustes, o que foi confirmado pela Amap.
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Locais de instalação de radares
No entanto, a associação faz outros questionamentos ao sistema de fiscalização. Entre eles, afirma que foram seguidos critérios técnicos para definir os locais de implantação dos radares.
A entidade, que representa 2,5 mil motoristas, não apresentou dados oficiais, mas afirmou ao g1 que há locais com alta frequência de acidentes sem radares e outros com baixa incidência e que receberam equipamentos.
“Estamos apontando, cobrando, brigando para que esse levantamento técnico [antes da instalação dos radares], que determina o Código de Trânsito Brasileiro, seja realmente feito. Que os radares sejam colocados com critérios. Ninguém aqui está sendo contra radar. Nós estamos sendo contra radares sem critérios, sem levantamento técnico, sem uma necessidade realmente plausível”, afirma Robson.
Radares em Piracicaba
Ronaldo Oliveira/EPTV
Sinalização e temporizador
Ele também diz que há pontos de fiscalização eletrônica sem a sinalização devida. “Muitos motoristas passam por esses radares e não têm a sinalização obrigatória que determina o Código de Trânsito Brasileiro”.
O presidente da Amap ainda relata que foram retirados temporizadores de semáforos.
“Isso [temporizador] ajuda muito o profissional do volante a diminuir a marcha, para que ele pare no amarelo. Tiraram a maioria deles da nossa cidade. Então, nós também estamos às cegas”, reclama.
Trânsito em via de Piracicaba
Antônio Trivelin/g1
Reunião nesta sexta-feira
O g1 questionou a Prefeitura de Piracicaba a respeito dos questionamentos da associação, e administração informou que a secretaria responsável já conseguiu contato com a Amap e uma reunião foi agendada para esta sexta-feira. O governo municipal não comentou os questionamentos da associação.
Em novembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran) divulgou que 14% dos veículos registrados em Piracicaba são autuados pelos equipamentos eletrônicos de fiscalização, sendo que desses, 30% são reincidentes.
“Trabalhamos em conjunto com todas as forças de segurança na implantação dos novos equipamentos, inclusive na identificação desses novos pontos, que cercarão uma maior área, para que todos respeitem as leis de trânsito, minimizando conflitos e diminuindo os sinistros, mantendo, assim, a cidade mais segura para todos”, afirmou a então titular da pasta Jane Franco, à época.
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