O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, responsabilizou diretamente líderes internacionais pelo atentado que matou dois funcionários da embaixada israelense em Washington na noite de quarta-feira (21). O ataque ocorreu quando as vítimas, Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, deixavam um evento no Capital Jewish Museum. Segundo a polícia local, o atirador, identificado como Elias Rodriguez, se aproximou de um grupo de quatro pessoas e abriu fogo. as informações são do jornal The Times of Israel.
“Isso é o que acontece quando líderes ao redor do mundo se rendem à propaganda terrorista palestina”, declarou Sa’ar em entrevista à imprensa israelense. O ministro ainda disse que a responsabilidade pela guerra atual é inteiramente do Hamas e fez um apelo direto: “Parem com a sua incitação contra Israel. Parem com suas acusações falsas”.

A declaração foi dada em meio à comoção no país e reforça a estratégia do governo israelense de vincular ações violentas fora de seu território a discursos que considera hostis, especialmente quando relacionados à causa palestina. Para Sa’ar, a retórica antissemita tem ultrapassado “todas as linhas vermelhas” e colocado diplomatas israelenses em risco crescente.
Nos últimos dias, mesmo aliados históricos se viraram contra Israel, criticando a mais recente ofensiva terrestre do país na Faixa de Gaza. Reino Unido, França e Canadá fizeram uma ameaça explícita de adotar ações concretas, incluindo sanções direcionadas, se o governo israelense não encerrar os bombardeios e mantiver o bloqueio à entrada de ajuda humanitária.
O governo britânico foi o primeiro a colocar as ameaças em prática, o que ajuda a explicar a declaração de Sa’ar. De acordo com a agência Associated Press (AP), o primeiro-ministro Keir Starmer, na própria quarta, suspendeu as negociações para um acordo de livre comércio com Israel e anunciou sanções aos colonos da Cisjordânia ocupada.
Mesmo governo norte-americano contestou a postura de Israel, com o secretário de Estado Marco Rubio manifestando “preocupação” com situação humanitária na Faixa e Gaza. “Dito isso, não somos imunes nem insensíveis ao sofrimento do povo de Gaza, e sei que há oportunidades aqui para fornecer ajuda”, disse o ele à rede BBC.
As investigações sobre o atentado em Washington continuam, sob coordenação da polícia metropolitana e com acompanhamento da diplomacia americana. O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, informou Sa’ar sobre os desdobramentos do caso, que permanece sem confirmação de motivação formal pelas autoridades norte-americanas.
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