Durante reunião realizada em Istambul, na Turquia, representantes da Rússia afirmaram estar dispostos a manter a guerra contra a Ucrânia indefinidamente, caso Kiev não aceite as condições impostas por Moscou. A declaração foi revelada pelo vice-ministro das Relações Exteriores ucraniano, Sergiy Kyslytsya, que integrou a delegação ucraniana. As informações são da rede TVP World
“Teve um momento arrepiante, quando os russos ameaçaram seus interlocutores como gângsteres”, escreveu Kyslytsya na plataforma X. Segundo ele, Vladimir Medinsky, chefe da delegação russa, disse: “Talvez alguns dos que estão sentados aqui nesta mesa ainda percam mais entes queridos. A Rússia está preparada para lutar para sempre”.
There was a chilling moment when the Russians are reported to have threatened their interlocutors like gangsters.
“Maybe some of those sitting here at this table will lose more of their loved ones,” Mednisky said. Russia is prepared to fight forever.https://t.co/bs117sbVbF— Sergiy Kyslytsya 🇺🇦 (@SergiyKyslytsya) May 17, 2025
As negociações marcaram o primeiro diálogo direto entre os dois países desde março de 2022, um mês após o início da invasão em larga escala da Ucrânia. O encontro, motivado por pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, durou cerca de 90 minutos e terminou sem qualquer avanço concreto. Washington vem cobrando resultados imediatos e já sinalizou a possibilidade de impor sanções adicionais a Moscou caso o processo não avance.

Durante a reunião, os representantes russos voltaram a exigir que as forças ucranianas se retirem de todas as regiões que Moscou considera parte de seu território. Medinsky teria citado a Grande Guerra do Norte, travada entre Rússia e Suécia de 1700 a 1721, para ilustrar a disposição do Kremlin em manter o conflito. “Lutamos contra a Suécia por 21 anos. Por quanto tempo vocês estão dispostos a lutar?”, teria perguntado aos ucranianos.
Após o fracasso da rodada de conversas, Kiev intensificou seus apelos por uma resposta mais dura da comunidade internacional. Trump, que prometeu pôr fim ao conflito, declarou no sábado (17) que pretende falar com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin nesta semana.
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