
Ao todo, 125 procedimentos previstos para maio serão remanejados para garantir segurança de pacientes, diz hospital. Casos de H1N1 e Influenza concentram maior parte dos atendimentos na emergência. Santa Casa de Franca
Henrique Novais/Assessoria de imprensa
A Santa Casa de Franca (SP) vai reagendar 125 cirurgias de média e alta complexidade que seriam realizadas em maio devido a um aumento expressivo de atendimentos de urgência e emergência de pacientes com síndromes respiratórias como H1N1 e gripe.
O anúncio foi feito na quinta-feira (15) após uma reunião do grupo que gerencia o hospital com representantes do Ministério Público, da Prefeitura e do Departamento Regional de Saúde (DRS), do estado.
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Segundo a instituição, os procedimentos estavam previstos para serem feitos entre 15 e 31 de maio e serão reagendados por prioridade, de acordo com a capacidade de atendimento e o fluxo de urgência e emergência, desde que isso não comprometa os pacientes na espera.
A medida também inclui cirurgias eletivas realizadas por convênios médicos. O hospital não descarta remanejar procedimentos nos meses seguintes.
“Uma nova reunião está agendada para o dia 30 de maio de 2025, com participação do DRS, Ministério Público, Prefeitura de Franca e Santa Casa, para reavaliar os efeitos das ações implementadas e, se necessário, deliberar sobre novas medidas”, afirmou ao g1 o diretor administrativo do Grupo Santa Casa, Thiago da Silva.
Alta na urgência e emergência
O Grupo Santa Casa conta com três unidades, entre elas o Hospital do Coração, o Hospital de Câncer e o Hospital Geral, único de referência em alta complexidade pelo SUS na região, que recebe pacientes de 22 cidades que somam uma população estimada de 700 mil pessoas.
A instituição realiza, em média, 1 mil cirurgias por mês, além de 1,5 mil atendimentos de urgência e emergência, número que se elevou a 1.750 nos últimos meses, por conta da elevação nos casos respiratórios graves.
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“Não houve falta de materiais, medicamentos ou equipe médica. O impacto decorre do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em função de doenças como H1N1 e Influenza, afetando crianças e adultos. O remanejamento visa garantir a segurança dos pacientes e a capacidade de resposta da instituição”, informou o diretor administrativo.
Além do remanejamento das cirurgias, o Grupo Santa Casa investiu R$ 2,5 milhões para abrir mais dez leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos no Hospital do Coração este mês para ampliar a capacidade de atendimento de casos críticos.
O custeio das atividades será do estado. “Vem em um momento crucial, garantindo a sustentabilidade dessa ampliação e fortalecendo nossa capacidade de resposta à alta demanda”, disse Silva.
Segundo a instituição, a Secretaria de Estado da Saúde também se comprometeu em disponibilizar mais 11 leitos em outros hospitais da região, para amenizar a demanda em Franca, sendo quatro leitos de clínica médica em São Joaquim da Barra (SP), quatro leitos clínicos e três pediátricos na Santa Casa de Ituverava (SP).
Gripe e vacinação
A vacinação contra a gripe começou no fim de março no estado de São Paulo, direcionada para quase 20 milhões de pessoas em grupos prioritários como idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.
Mas, até o início deste mês, a cobertura vacinal havia chegado a apenas 16,1% do público-alvo, bem longe da meta, de 90%, e o governo estadual promoveu um dia “D” para tentar ampliar esse índice.
Cobertura da vacina da gripe do público-alvo é de apenas 18% em Ribeirão Preto, SP
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