O Paquistão prometeu uma resposta militar aos bombardeios lançados pela Índia desde o começo da noite de terça-feira (26, horário brasileiro), que Islamabad diz terem matado 26 pessoas em seu território, inclusive civis. O governo paquistanês classificou a operação como uma “ato de guerra ilegal e covarde” e anunciou que sua retaliação acontecerá “no momento, local e forma” que julgar apropriados. Nova Délhi, por sua vez, relatou dez pessoas mortas, de acordo com a rede CNN.
A escalada entre os dois países ocorre após ataques indianos a seis localidades no Paquistão e na Caxemira sob controle paquistanês. Nova Délhi afirma ter atingido nove alvos ligados a grupos extremistas envolvidos em um atentado contra turistas indianos no mês passado, embora Islamabad negue qualquer vínculo com o ataque e diga que civis foram as principais vítimas dos mísseis.

Após reunião do Comitê de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês), o governo do primeiro-ministro Shehbaz Sharif afirmou que o Paquistão se considera direito de oferecer uma resposta militar à morte de seus cidadãos e à “violação” de sua soberania, citando o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas como prerrogativa.
O comunicado oficial acrescenta que as Forças Armadas paquistanesas estão “plenamente autorizadas” a realizar “ações correspondentes” e que já reagiram, derrubando cinco jatos militares indianos. Do seu lado, o governo indiano afirmou que também foi alvo de bombardeios dentro do território nacional, com dez civis mortos.
Em tom de condenação, o governo paquistanês classificou os bombardeios como um “grave desdobramento” e lamentou as mortes. “Seria oportuno recordar que, logo após 22 de abril de 2025, o Paquistão fez uma oferta sincera para uma investigação crível, transparente e neutra, que infelizmente não foi aceita”, diz o texto.
A nota acrescenta que jornalistas estrangeiros visitaram em 6 de maio os locais apontados pela Índia como bases terroristas, sem que nenhuma evidência tenha sido encontrada.
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