
Segundo o responsável pelas imagens, caso aconteceu na altura do Canto do Forte, em Praia Grande (SP). Biólogos orientam sobre o que fazer nessa situação. Arraia encalhada é devolvida ao mar com ajuda de remo no litoral de SP
Uma raia encalhada foi devolvida ao mar em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (28). Vídeos, obtidos pelo g1, mostram um homem pegando o animal com um remo e conduzindo-o ao fundo do mar (assista acima).
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O responsável pelas imagens é o criador de conteúdo Rodrigo Mandarino de Oliveira, de 43 anos. Por volta das 7h, ele estava no bairro Canto do Forte, na altura da Rua Marechal Hermes, quando viu banhistas se mobilizando para devolver o animal.
Segundo Rodrigo, um homem tentou empurrar a raia para o mar usando um bastão, mas não teve sucesso. Então, outro morador apareceu, pegou um remo emprestado e colocou embaixo do animal marinho, levando-o para o fundo da água.
“Eu não aconselho o pessoal a tentar fazer esse resgate se não souber mexer com raia”, disse. “Eu acho que, a partir dali, ela seguiu o caminho dela”, afirmou.
Resgate de arraia aconteceu no Canto do Forte, em Praia Grande (SP)
Rodrigo Mandarino de Oliveira
Como proceder?
Segundo o biólogo marinho Eric Comin, a arraia das imagens é do gênero Dasyatis. Ele avalia que o homem, que aparece no vídeo, agiu de forma correta ao usar um remo no resgate, já que manteve uma distância segura da arraia e evitou machucados.
De acordo com Comin, a arraia tem um esporão bem no centro da cauda. A maioria dos incidentes envolvendo o animal acontece quando a pessoa não vê o fundo do mar e pisa nele, batendo nessa região que contém microrganismos e serrilhado.
Devolução de arraia ao mar aconteceu em Praia Grande (SP) na manhã desta segunda-feira (28)
Rodrigo Mandarino de Oliveira
“Além de machucar e rasgar o tecido [da pele], ficam também esses microrganismos que vão inflamar, infeccionar. Nessa situação, tem que procurar um centro médico”, afirmou. “A gente pede para que as pessoas não tentem pegar, chegar perto para tirar foto”.
Também biólogo, William Rodriguez Schepis ressaltou que a atitude do homem foi adequada. “Por não ser um especialista, ele usou um remo para transportar ela. Tomou precaução, pois ela possui ferrão na cauda que possui toxina e dói muito quando perfura”.
O g1 não localizou o rapaz que efetuou o resgate até a última atualização da reportagem.
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