Por que os preços do café e dos ovos ainda não diminuíram de vez?

Nos últimos anos, a inflação tem sido uma preocupação constante para os brasileiros, especialmente no que diz respeito aos preços dos alimentos. Em fevereiro de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um aumento de 0,7% no grupo Alimentação e Bebidas, após um avanço de 0,96% em janeiro. Embora o índice tenha ficado abaixo da média geral do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 1,31%, a trajetória de alta dos preços dos alimentos continua a impactar o orçamento das famílias.

O aumento nos preços dos alimentos em domicílio foi ainda mais significativo, com uma alta de 8,23% nos últimos doze meses. Itens básicos como ovos de galinha e café moído registraram aumentos expressivos, de 15,39% e 10,77%, respectivamente. Esses aumentos são atribuídos a fatores como problemas na safra e aumento na demanda, além de questões climáticas que afetam a produção.

Quais fatores influenciam o aumento dos preços dos alimentos?

Vários fatores contribuem para o aumento dos preços dos alimentos no Brasil. Um dos principais é a crise climática, que tem um impacto direto na produção agrícola. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, podem reduzir a oferta de alimentos, elevando os preços. Além disso, a desvalorização cambial, com o dólar se fortalecendo em relação ao real, encarece os produtos importados e insumos agrícolas.

A guerra na Ucrânia também desempenha um papel significativo, uma vez que o país é um importante produtor de grãos. As interrupções no fornecimento global de grãos afetam os preços internacionais, refletindo-se nos custos locais. O governo brasileiro, em resposta, tem adotado medidas como a redução de tarifas de importação para tentar conter a inflação dos alimentos.

Como o governo brasileiro está lidando com a inflação alimentar?

O governo do presidente Lula tem demonstrado preocupação com a inflação dos alimentos e suas consequências para a população. Entre as medidas adotadas está a redução das alíquotas de importação para produtos essenciais como carne, café, açúcar, milho, azeite de oliva e sardinha. Essa estratégia visa aumentar a oferta interna e reduzir os preços.

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