
Intervenção havia sido decretada há pouco mais de um mês, no dia 28 de março, devido a “possibilidade de irregularidades”. Guarujá, SP, encerra intervenção na empresa City; entenda
O prefeito de Guarujá, no litoral de São Paulo, Farid Madi (Podemos), decretou o fim da intervenção na concessão do transporte coletivo municipal, retomando oficialmente a gestão à empresa City Transporte Urbano Intermodal. O decreto foi publicado no Diário Oficial da cidade.
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A intervenção havia sido iniciada há pouco mais de um mês, no dia 28 de março de 2025. Segundo o novo decreto, a medida teve como objetivo permitir o acesso imediato a dados, documentos e instalações da concessionária, visando apurar possíveis irregularidades na prestação do serviço.
Durante o período de intervenção, a prefeitura teve acesso aos sistemas e relatórios operacionais da empresa, com base no contrato de concessão e na fiscalização regular realizada por técnicos e gestores do município.
De acordo com o decreto, foram identificadas irregularidades na condução do contrato, conforme apontado pela autoridade responsável pela intervenção. No entanto, a comprovação dessas falhas ainda depende de análise técnica, perícia e do direito de defesa da empresa em processo próprio.
Em nota, a City Transporte afirmou que todos os documentos e informações solicitadas pelo município foram disponibilizadas pela empresa antes e durante a intervenção, como prevê o contrato e a própria fiscalização da concessão.
Ainda segundo o decreto, com a retomada da gestão, a concessionária deverá cumprir as obrigações relacionadas à gestão e implementar as adequações determinadas pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.
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Helder Lima/ Prefeitura Municipal de Guarujá
Relembre o caso
No dia 28 de março, o prefeito Farid Madi decretou uma intervenção de 90 dias na concessionária. Segundo a prefeitura, a medida foi tomada para fazer uma auditoria completa nas contas da empresa devido à “possibilidade de irregularidades”.
Na cidade desde 2017, a concessionária é alvo de reclamações recorrentes entre os trabalhadores da categoria. Em janeiro deste ano, por exemplo, eles entraram em greve devido aos atrasos salariais.
Em nota enviada ao g1, a prefeitura disse que, desde o início da gestão, enviou à empresa dezenas de ofícios pedindo informações sobre a prestação de contas, números de passageiros transportados, valores cobrados e custos operacionais.
As inconsistências e contradições reveladas pelas respostas da concessionária, ainda segundo a prefeitura, “sugerem a possibilidade de irregularidades em relações aos princípios de transparência, eficiência, economicidade e boas práticas da administração pública e motivaram a intervenção”.
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