Mistério sobre as causas do apagão que atingiu Espanha e Portugal intriga as autoridades

Autoridades espanholas e portuguesas ainda tentam entender o que causou o apagão histórico que atingiu a Península Ibérica na segunda-feira (28). A falha deixou milhões de pessoas sem energia, provocou o caos no transporte público, interrompeu comunicações móveis e forçou o fechamento de caixas eletrônicos e serviços em toda a região, segundo a agências Associated Press (AP).

Em um pronunciamento televisionado na noite do ocorrido, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que a rede elétrica da Espanha perdeu 15 gigawatts — cerca de 60% da demanda nacional — em apenas cinco segundos. “Nós nunca tivemos um colapso completo do sistema”, disse Sánchez. Até a manhã de terça-feira, a origem do problema continuava desconhecida.

Vela ilumina um ambiente sem luz, imagem meramente ilustrativa (Foto: Alice Kotlyarenko/Unsplash)

O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal afirmou na segunda que não havia sinais de que a pane tivesse sido causada por uma eventual ação de hackers, como chegou-se a suspeitar. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também declarou que “não há indicações de qualquer ataque cibernético”.

A vice-presidente da Comissão Europeia, Teresa Ribera, reforçou que não há indícios de sabotagem. Ainda assim, classificou o apagão como “um dos episódios mais graves registrados na Europa nos últimos tempos”.

A agência meteorológica espanhola AEMET relatou que não detectou “fenômenos meteorológicos ou atmosféricos incomuns” na segunda-feira e que não houve flutuações bruscas de temperatura que pudessem explicar a falha.

Apesar de a causa permanecer um mistério, a energia foi quase totalmente restabelecida nos dois países. A Red Eléctrica, operadora da Espanha, informou que mais de 99% da demanda havia sido normalizada até as 7h (horário europeu) desta terça-feira (29). Em Portugal, a REN declarou que todas as 89 subestações estavam operando normalmente desde a noite anterior, beneficiando os 6,4 milhões de clientes afetados.

Ainda assim, os efeitos do apagão ainda se faziam sentir pela manhã. Estações de trem como Atocha, em Madri, e Sants, em Barcelona, amanheceram lotadas de passageiros tentando remarcar viagens canceladas. O torneio de tênis Madrid Open também foi afetado, com a abertura adiada após a suspensão do evento no dia anterior.

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