Volume de chuvas na região das bacias PCJ aumenta 56%, mas fica abaixo da série histórica


Foram 614 milímetros em três meses, com destaque para dezembro de 2024; com diminuição das precipitações em janeiro e fevereiro, vazão dos rios fica abaixo da média histórica. Dados do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) mostram que o volume de chuvas registrado entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025 nos rios das regiões de Campinas e Piracicaba foi 56% maior que o mesmo período do ano anterior. No entanto, os números ficaram abaixo da série histórica .
Foram 614 milímetros nos rios das bacias PCJ nos três meses, contra 393 mm registrados no verão anterior.
Desempenho que foi impulsionado pelas chuvas de dezembro, quando o volume foi 74% maior que o mesmo mês de 2023.
Dezembro/23 x Dezembro/24: volume 74% maior
Janeiro/24 x Janeiro/25: volume 11,7% menor
Fevereiro/24 x Fevereiro/25: volume 3,3% menor
Com janeiro e fevereiro com chuvas abaixo da média, e março com precipitações pouco intensas até o momento, a vazão dos mananciais apresenta queda.
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Durante o mês de fevereiro, por exemplo, as vazões médias nos rios Jaguari, em Cosmópolis (SP), e Camanducaia, em Jaguariúna (SP), ficaram em 45% e 37% abaixo das médias históricas, respectivamente.
Já no Sistema Cantareira, que também abastece a região, embora as chuvas tenham aumentado em 33% no período, o reservatório está atualmente 18 pontos percentuais abaixo do nível de março de 2024, operando na chamada “faixa de atenção”.
Secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz explica que o volume do Cantareira ainda não é o ideal às véspera do período de estiagem, mas crê que isso não represente riscos, neste ano, para o abastecimento
“Para os 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas, região de Limeira, que dependem da regularização do Sistema Cantareira, como o Sistema Cantareira está com 68%, eu diria que a bacia do Piracicaba está numa situação de tranquilidade, inclusive para o transcorrer desse ano de 2025. O ideal seria que estivéssemos com 75% no Cantareira, estamos com 68%, mas é um bom número”.
Ainda segundo Lahóz, os municípios que não dependem do Cantareira podem enfrentar dificuldades no abastecimento durante a estiagem.
“Os demais municípios que dependem de reservatórios municipais, de captação em poços, infelizmente essas chuvas foram fortes no último verão, mas foram pontuais e torrenciais. Então não houve tempo do lençol freático armazenar toda essa água. Esses municípios que não dependem do Cantareira, que são na ordem de 46 municípios, poderão ter, sim, alguma dificuldade”, diz.
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Claudia Assencio/g1
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